30.9.09

todos os dias passa por mim a velha automotora
tem-quem-tem tem-quem-tem tem-quem-tem
sorrio, pisco-lhe o olho e vou-me embora
pouca terra pouca terra, mas ainda há lugar

é claro que gostaria de aqui ficar
mas das horas passaram anos e com eles...
parece sempre tarde ou cedo para parar

nada sou do que sonhei
nada sou e assim ficarei

convido-o a entrar, ergo-lhe a minha taça
mas o tempo sempre passa